As lésbicas, gays, bissexuais e transgênicos, entre os 50 e os 95 anos, tendem a sofrer de maior solidão e depressões devido à discriminação da sua orientação sexual ou identidade de gênero, de acordo com um estudo da Universidade de Washington.
Da população de 2560 adultos nascidos na altura do "Baby boom", nos anos posteriores à II Guerra Mundial, que participou na pesquisa do Instituto de Saúde Multigeracional daquela universidade americana, cerca de 80% dos participantes revelaram que foram discriminados e 21% admitiram que foram mesmo dispensados de um trabalho pelas mesmas razões.
De acordo com as conclusões da investigadora responsável pelo estudo, Karen Fredriksen-Goldsen, "as taxas mais elevadas de envelhecimento e as disparidades de saúde entre lésbicas, gays, bissexuais e transexuais adultos mais velhos motivam enorme preocupação para a saúde pública".
"As disparidades refletem o contexto histórico e social de suas vidas. As adversidades graves que atravessaram podem comprometer a sua saúde e gerar relutância em procurarem os cuidados médicos na velhice", salienta.
Quatro em cada 10 inquiridos admitiram que pensassem no suicídio. E muitos, como nunca puderam casar ou assumir publicamente a sua cara-metade, vivem hoje situações de isolamento.
Outros 21% nunca contaram aos seus médicos a sua orientação sexual ou identidade de gênero por temerem ser-lhes recusados cuidados médicos ou receberem serviços de qualidade inferior - que 13% admitiram ter experienciado.
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