Anaïs Nin
Escritora francesa, Anaïs Nin nasceu a 21 de fevereiro de 1903 em Neuilly. O pai, um pianista e compositor cubano, abandonou a mulher dinamarquesa e os três filhos em 1914. A mãe de Nin partiu então com os filhos para Nova Iorque.
Anaïs Nin passou grande parte da sua meninice em bibliotecas públicas e manteve um diário em francês, começando apenas a escrever na língua inglesa por meados de 1920. Estudou Belas Artes e casou em 1923 com Hugh Guiler, um artista plástico que chegou mais tarde a ilustrar algumas das suas obras, utilizando o pseudónimo Ian Hugo. Paciente e compreensivo, tolerou as muitas aventuras amorosas de Anaïs Nin, de que se podem destacar os célebres Henry Miller, Otto Rank e Gore Vidal.
Partiu com o marido para Paris, onde se juntou à tertúlia de norte-americanos aí residentes, e da qual fazia parte o escritor Henry Miller, de quem se teria tornado amante. Publicou o seu primeiro livro em 1932, um ensaio com o título D. H. Lawrence: An Unprofessional Study, a que se seguiu, entre outros volumes, House of Incest (1936), um poema em prosa. A obra, tida pela crítica como a sua melhor, lidava com os problemas psicológicos da autora, resultantes do relacionamento amoroso com Henry Miller e com a sua esposa June.
No início da década de 40 regressou a Nova Iorque, onde fundou a sua própria editora. Lançou-se então na publicação de uma série de romances que analisavam o tipo de vida de diferentes tipos de mulheres, sobretudo através dos seus amantes e das suas outras escolhas. Com o título genérico Cities Of The Interior, a série era composta por volumes como Ladders To Fire (1946), Children Of The Albatross (1947), The Four-Chambered Heart (1950), A Spy In The House Of Love (1954) e Solar Barque (1958).
A publicação da primeira parte do seu diário, The Diary Of Anaïs Nin, em 1966, garantiu-lhe uma certa popularidade, sobretudo por suscitar o interesse do público na sua restante obra.
Faleceu a 14 de janeiro de 1977, em Los Angeles.
Pouco tempo depois foi publicado Delta Of Vénus: Erótica, obra que não deixa de refletir o carácter emancipado, a vivacidade de diálogo e a paixão pela descrição da vida sempre presentes no trabalho da autora.
A sua ligação com Henry Miller serviria de pretexto para o filme Henry and June, com a participação da atriz portuguesa Maria de Medeiros.
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