domingo, 30 de maio de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Anne Lister (1791-1840)

domingo, 23 de maio de 2010
A homossexualidade no Estado Novo
sábado, 22 de maio de 2010
Bryher
Elizabeth Bishop

Elizabeth Bishop nasceu em 8 de fevereiro de 1911 em Worcester, Massachusetts, nos Estados Unidos. Morreu em 6 de outubro de 1979. É considerada um das mais importantes poetas do século XX a escrever na língua inglesa.
Biografia
O pai, William Thomas Bishop morreu antes de ter ela um ano e a mãe, Gertrude Bulmer Bishop, que sofria dos nervos, foi confinada a um asilo mental quando Elizabeth mal tinha cinco anos. A família materna a levou para viver em Great Village na Nova Escócia, Canadá. Sua mãe ficou no asilo até morrer em 1934 mas Elizabeth nunca mais a veria. Guardou de sua vida inicial no Canadá lembranças enternecidas e escreveria sobre sua infância de modo idealizado.
Foi mais tarde educada pela família do pai em Worcester e Boston. Viveu nove meses infelizes com os avôs paternos em Boston, como se vê em The Country House, começando a sofrer de asma e de eczema, a primeira de suas numerosas alergias. Viveu na França na década de 1920, graças a sua colega em Vassar e amante Louise Crane, herdeira da famosa indústria de papel. Estudaria em Vassar durante quatro anos - entrou em 1929, bem no ano da quebra de Wall Street.
Conheceu a grande poetisa Marianne Moore, 24 anos mais velha, de quem se tornou muito amiga. Seus primeiros poemas, muito influenciados por George Herbert, Gerard Manley Hopkins e Moore, surgiram na revista de Vassar College, que ajudou a fundar com Mary McCarthy, escritora um ano mais velha, Margaret Miller e duas irmãs Clark, e que se intitulava Con Spirito. Influenciada por Moore, abandonou a intenção de se tornar médica e se dedicou à poesia. Sua educação excelente era financiada por dinheiro aplicado pelo pai, que ia entretanto diminuindo com a inflação.
Carreira
Residiu em Nova Iorque por um ano, escrevendo poemas mais amadurecidos, entre eles The Map e The Man-Moth. Viveu depois intermitentemente na Europa por três anos, depois de comprar uma casa em Key West, Florida, em 1938. Depois de rejeições por alguns editores, o primeiro de seus volumes de poesia («North and South») apareceu em 1946. No ano seguinte conheceu Robert Lowell, de quem se tornou amiga durante o resto da vida.
Marianne Moore demonstrou grande interesse por seus trabalhos. Quatro anos se passara antes que Elizabeth começasse a chamá-la nas cartas Cara Marianne e a pedido de Moore! A amizade entre ambas, que perdura na extensa corresponência, durou até a morte de Moore em 1972. Em 1946, Moore sugeriu seu nome para o Houghton Mifflin Prize (prêmio de poesia) e ela venceu. Quando da publicação de North and South, o mais importante crítico de então na América, Randall Jarrell, escreveu que «all her poems have written underneath, I have seen it" ou seja, «todos seus poemas, como percebi, tem uma segunda escrita».
No Brasil
Bishop, que a vida toda teria dificuldades para sustentar sua carreira, dependia bastante de doações, empréstimos, prêmios e outros incentivos universitários. Em 1951, ao receber 2,500 dólares norte-americanos do Bryn Mawr College (importância então considerável) pode decidir-se a navegar ao redor da América do Sul. Chegou a Santos em Novembro, esperando ficar duas semanas, para desfrutar da paisagem numa curta pausa de sua semanas em sua longa viagem, mas sua estada se estendeu por mais de vinte anos.
O Brasil marcou sua vida como temática de numerosos poemas, contos e cartas, e, como afirma a obra «Brasiliana da Biblioteca Nacional», de 2001, em sua página 107, «como vivência afetiva, pautada sobretudo pela longa relação amorosa com Lota de Macedo Soares.» Tal amizade lhe daria estabilidade e amor e estabeleceu residência no Rio de Janeiro, depois nos arredores, em Petrópolis e mais tarde em Ouro Preto.
Diz a mesma obra: «Representante ilustre da poesia moderna norte-americana, Bishop residiu no Brasil como estrangeira voluntariamente exilada de seu país, mas profundamente conectada com o movimento cultural norte-americano», principalmente com o poeta Robert Loewe e com sua mentora Marianne Moore. (....) «Traduziu poemas dos principais expoentes do modernismo brasileiro e manteve relações cordiais com vários desses artistas.»
Chegou no último governo Vargas, documentou o suicídio do presidente, viu a ascensão de JK e a queda de Jango Goulart. Endossava as opiniões de sua namorada Lota, paisagista e amiga de Carlos Lacerda, partidária de posições udenistas. Com simpatias pelo partido democrático nos Estados Unidos, críticas ao sistema de segregação racial norte-americano, assumiu no Brasil uma posição antiesquerdista. Mas a verdade é que a política jamais foi tema de interesse central para ela. Sua percepção das contradições brasileiras é sutil e perspicaz em poemas sobre a paisagem de Santarém, por exemplo, na evocação das chuvas tropicais, na sátira social explícita (poema Pink Dog, por exemplo) no retrato dos pobres urbanos.
Retorno aos Estados Unidos
Vendendo a casa de Ouro Preto após o suicídio de Lota, no início da década de 1970 retornou defitinivamente aos Estados Unidos.
Enquanto vivia no Brasil, em 1956 recebeu o prêmio Pulitzer pelo livro «North & South — A Cold Spring». Receberia mais tarde o Prêmio Nacional do Livro (the National Book Award) e o prêmio nacional do círculo dos Críticos literários (the National Book Critics Circle Award) assim como duas bolsas Guggenheim e uma da Ingram Merrill Foundation. Tornou-se poeta residente na Universidade de Harvard em 1969. Começou em 1971 uma amizade íntima com Alice Methfessel que duraria até sua morte em 1979.
Em 1976, foi a primeira mulher a receber o International Neustadt Prize for Literature (prêmio internacional Neustadt de Literatura) e continua sendo o único americano a recebê-lo.
Escreveu muito para a revista The New Yorker, e em 1964 escreveu o obituário de Flannery O'Connor para a The New York Review of Books. Fazia muitas conferências, e durante uns poucos anos ensinou na Universidade de Washington, antes de se mudar para Harvard por sete anos. Ensinou ainda na New York University, antes de terminar seus dias de ensino no Massachusetts Institute of Technology.
Gastava meses, por vezes anos, escrevendo um poema apenas, trabalhando para obter um sentido de espontaneidade. Apaixonada pela exatidão, recriou os mundos do Canadá, América, Europa e Brasil. Não admitia ter pena de si mesma, mas seus poemas mal escondem todas as dificuldades como mulher, como lésbica, como órfã, como viajante sem raízes, ou asmática frequentemente hospitalizada, mulher que sofria de depressão e por vezes alcoolismo.
"I'm not interested in big-scale work as such," disse uma vez a Lowell. "Something needn't be large to be good." O que simplesmente quer dizer que não estava intressada por trabalho em larga escala, por não acreditar que algo precisasse ser grande para ser bom…
Gladys Bentley

quinta-feira, 20 de maio de 2010
Berenice Abbott
Berenice Abbott
Berenice Abbott (1898-1991), fotógrafa americana, célebre por sua obra documentária sobre New York.
Nascida em Springfield, estado de Ohio em 1898, quando adolescente mudou-se para Nova Iorque onde se juntou a uma das trupes de teatro mais modernas da cidade; o Provincetown Players. Este erá um grupo de vanguarda que revelou escritores famosos como Eugene O`Neill e Djuna Barnes. Logo veio a se tornar mais uma entre os moradores do Greenwich Village, bairro este adotado por muitos artistas da época.
Em 1921 como muitos outros artistas que viviam no Village, Berenice Abbott mudou-se para Paris com a intenção de começar uma vida nova e estudar escultura. Em Paris realmente começou uma vida nova sendo assistente de Man Ray, que também fora morador do Village que lhe ensinou tudo sobre fotografia. Logo Berenice Abbott se revelou uma grande retratista sendo cada vez mais solicitada por boa parte da intelectualidade francesa da época.
Em Paris conheceu uma de suas maiores influencias fotograficas, o fotografo francês Eugene Atget que por vinte anos produziu oito mil fotos que registraram a cultura, arquitetura e monumentos da capital Francesa.
Inspirada pelo trabalho realizado por Eugene Atget, Berenice Abbott voltou os Estados Unidos da America e fez algo semelhante ao que ele fez em Paris, só que em Nova Iorque. Daí nascia o seu trabalho mais conhecido; o Changing New York, onde ela mostra a cidade velha dando lugar a modernidade dos arranha-céus, vias expressas e pontes de metal que modificavam gradativamente a paisagem urbana.
Outro de seus trabalhos reconhecidos foi a documentação fotografica da rota que vai do Maine a Florida. Como se não bastasse, Berenice foi a primeira mulher a ser admitida na Academia Americana de Artes e Letras.
Berenice no fim de sua vida contraiu um efisema pulmonar que foi fruto de muitos anos respirando produtos químicos para revelar filmes e fotografando Nova Iorque do alto de seus arranha-céus ao relento.
Berenice Abbott morreu em 1991 aos seus 93 anos.
Jean Acker
Jean Acker (23 de outubro, 1893 – 16 de agosto, 1978) foi uma atriz norte-americana.
Nasceu Harriet Acker, em Trenton, Nova Jersey. Mudou-se para á California em 1919.[1] Quando chegou em Hollywood Jean tornou-se amante de Alla Nazimona, uma atriz de cinema cuja influência e contatos que permitiram Acker a negociar um contrato de $200,00 por semana com um estúdio de cinema.
Jean Acker apareceu em vários filmes nas décadas de 1910 e 1920. No ínico da década de 1930 começou a aparecer em pequenos papéis principalmente não creditados. Fez sua última aparição na televisão em 1955 no filme How to Be Very, Very Popular, Betty Grable lado oposto.
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Morte
Após o divórcio em 1923, conheceu Chloe Carter mulher com que ficaria ao resto de sua vida. O casal iria construir juntos um apartamento em Bervely Hills Jean morreu de causas naturais em 1978, com 84 Anos de idade Foi enterrada ao lado de Carter, no Cemitério Santa Cruz em Culver City, California.
Filmografia
Ano Título Personagem
- 1915 Você é um maçom?
- 1922 Seu próprio dinheiro Ruth Alden
- 1923 A mulher nas correntes Felicia Coudret
- 1927 O ninho Belle Madison
- 1933 Nenhuns laços da união Adrienne's Maid
- 1934 Senhorita Fane o bebê é roubado Amiga da senhora Fane
- 1935 Não mais senhoras Nightclub Extra
- 1936 São Francisco
- 1937 Modas de 1938 Extra
- 1939 As boas meninas vão a Paris Bit Part
- 1940 Minha esposa favorita Postponed case witness
- 1942 Senhora nova amável Cousin
- 1944 O homem fino vai para casa Tart
- 1945 Fascinado Matron
- 1947 O perigo de Pauline Switchboard operator
- 1948 Ele é Romântico? Townswoman
- 1951 A estação de acoplamento Party guest
- 1952 Algo para Viver Esposa
- 1955 Como ser muito, muito popular
Jane Addams

Jane Addams (Cedarville, 6 de Setembro de 1860 — Chicago, 21 de Maio de 1935) foi uma socióloga e filósofa estadunidense.
Filantropa e doutrinadora norte-americana, considerada pelo presidente Theodore Roosevelt como «a cidadã mais útil dos Estados Unidos». O seu pai já revelava um grande espírito humanitário, defendendo a abolição da escravatura. Jane pretendia ser médica mas possuiria uma constituição muito débil, o que a levou a desistir de tal propósito. Porém, numa viagem a Londres, terá feito uma visita aos Serviços Sociais da capital inglesa e sentiu nascer em si uma nova vocação. Ao regressar a Chicago, tornou-se uma fervorosa defensora da paz e da justiça social, razão pela qual resolveu criar instituições que protegessem os imigrantes e os trabalhadores de todas as raças. Com a sua amiga Helena Gates Starr, ter-se-à instalado num barracão, o qual limparam e arranjaram de forma a albergar um serviço de assistência social que ficou conhecido como Hull House. Este foi inaugurado em 1889 e Jane foi, até à sua morte, sua chefe - residente.
No Hull House foram instalados jardins de infância, uma agência de emprego, oficinas, campos de recreação, biblioteca, escola de música e de aulas de artesanato, clubes, entre outras coisas. Desenvolveu ainda uma frutuosa acção no campo das leis, tendo auxiliado à promulgação da lei de protecção ao trabalho de menores e de mulheres, assim como procurando leis que promovessem maior segurança no local de trabalho, como por exemplo as fábricas.
Defensora do sufrágio feminino, Jane revelou-se uma pacifista e uma mulher desapegada dos bens materiais. Apenas ocupou um lugar remunerado, o de inspectora municipal de limpeza urbana. Todos os demais não eram remunerados. Fundou a Associação para o Avanço dos Povos de Cor, e tomou parte na Conferência Feminina Internacional da Paz. Foi escritora e conferencista, sempre em temas humanitários. Em 1931 foi-lhe conferido o Nobel da Paz.
domingo, 2 de maio de 2010
Audre Lorde
Audre Geraldine Lorde também conhecida como Gamba Adisa foi aclamada pela crítica como novelista, poetisa e ensaísta. Foi uma dessas poetisas feministas contemporâneas como Sylvia Plath e Adrienne Rich, que expressam a sua feminilidade através da poesia. Ela nasceu em 1924 no Harlem e seus pais eram imigrantes de Granada no Caribe. Audre Lorde foi ativista e deu voz a questões de raça, gênero e sexualidade. Formou-se no Hunter College e na Univerisade de Columbia (1961). Em 1962, ela casou com Edward Rollins, um advogado. Eles tiveram dois filhos, mas se divorciaram em 1970. Enquanto continuava os estudos, trabalhou em diversos ramos, em fábricas, como assistente social e técnica de raios-X. Sua descoberta como lésbica foi com uma colega de trabalho de uma fábrica em Connecticut. Frequentou a Universidade Nacional do México por um ano, período de afirmação e de renovação: ela confirmou sua identidade pessoal e artística, como lésbica e poeta. Após seu retorno para Nova Iorque começou a freqüentar o cenário de Greenwich Village, era a única mulher negra nos bares. Trabalhou como bibliotecária, continuou escrevendo e se tornou uma participante ativa na cultura gay, dos direitos civis, anti-guerra e movimentos feministas. Seu primeiro livro de poemas, ‘The First Cities’, foi publicado em 1968. Época em que fez residência no Colégio no Mississippi e conheceu Francisca Clayton, uma professora branca de psicologia. Desse momento em diante, ela e Francisca, compartilharam suas vidas juntas. Com a publicação da sua segunda obra, ‘Cable to Rage’ de 1970, se envolveu com Gloria José, sua companheira até a sua morte em 1992, após 14 anos de uma luta contra um câncer de mama. Além de poeta, Audre Lorde, foi uma poderosa ensaísta e escritora.
Mulher (Audre Lorde) Sonho com um lugar entre os seus seios para construir a minha casa como um refúgio onde semeio em seu corpo uma infinita colheita onde a rocha mais comum é a pedra da lua de opala e ébano que dá leite a todos os meus desejos e sua noite cai em mim como uma chuva que nutre.