sábado, 5 de junho de 2010

Wittig Monique

Wittig Monique (13 de julho de 1935 - 03 de janeiro de 2003) foi um escritora francesa e teórica feminista particularmente interessada em sexo e superar o contrato heterossexual. Ela publicou seu primeiro romance, L'opoponax, em 1964. Seu segundo romance, Les Guérillères (1969), foi um marco do feminismo lesbianismo.
Biografia
Monique Wittig nasceu em 1935 em Dannemarie em Haut-Rhin, França. Ela foi um dos fundadores do Mouvement de Libération des Femmes (MLF) (Movimento de Libertação da Mulher). Em 26 de agosto de 1970, acompanhado por numerosos outras mulheres, ela colocou as flores sob o Arco do Triunfo para homenagear a esposa do Soldado Desconhecido, esta acção simbólica foi considerado o evento fundador do feminismo francês .
Wittig obteve seu Ph.D. da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales , depois de concluir uma tese denominada "Le Chantier littéraire" Em 1971, ela participou da rouges Gouines ("diques Red"), o primeiro grupo de lésbicas em Paris . Ela também foi envolvida no Révolutionnaires Féministes (feministas "revolucionário"), um grupo radical feminista .
Em 1976, ela deixou Paris para os Estados Unidos onde lecionou em várias universidades, incluindo Vassar College, onde ministrou um curso no pensamento materialista, através do Programa de Estudos sobre as Mulheres, onde os alunos foram imersos no processo de corrigir a tradução americana da The Lesbian Body. Ela era uma professora de estudos da mulher e francês na Universidade do Arizona em Tucson, onde morreu de um ataque cardíaco em 3 de janeiro de 2003
Monique Wittig chama-se lésbica Radical. " Esta sensibilidade pode ser encontrado em todo os livros dela, onde ela mostrou apenas as mulheres. Para evitar qualquer confusão, ela declarou:
"Não existe tal coisa como as mulheres da literatura para mim, que não existe. Na literatura, eu não separar as mulheres e homens. Um deles é um escritor, ou um não. Este é um espaço mental onde o sexo não é determinante. One tem que ter algum espaço para a liberdade. Language permite isso. Este é sobre a construção de uma idéia do neutro, que poderia escapar da sexualidade ".
Um material teórico do feminismo, ela estigmatizados o mito da "mulher", chamou a heterossexualidade um regime político, e esboçou a base para um contrato social que lésbicas recusar:
"... E seria incorreto dizer que as lésbicas associar, fazer amor, viver com as mulheres, para" mulher "tem significado apenas em sistemas de pensamento heterossexuais e heterossexuais sistemas econômicos. Lésbicas não são mulheres." (1978)
Para Wittig, a categoria "mulher" só existe através de sua relação com a categoria "homem" e "mulher" sem relação com o "homem" deixaria de existir.
Wittig também desenvolveu uma visão crítica do marxismo, que obstruiu a luta feminista, mas também do próprio feminismo, que não põe em causa o dogma heterossexuais.
Através destas críticas, Wittig defendeu uma posição universalista forte, dizendo que a ascensão do indivíduo e da libertação do desejo exige a abolição das categorias de gênero.
.

A longa noite homofóbica - Gente - DN

A longa noite homofóbica - Gente - DN

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Homofobia

Origem da Homofabia

A homofobia (homo= igual, fobia=do Grego φόβος "medo"), é um termo utilizado para identificar o ódio, a aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais e, consequentemente, contra a homossexualidade, e que pode incluir formas sutis, silenciosas e insidiosas de preconceitoe discriminação contra homossexuais.

Origem e significado

O termo é um neologismo criado pelo psicólogo George Weinberg, em 1971, numa obra impressa, combinando a palavra grega phobos("fobia"), com o prefixo homo-, como remissão à palavra "homossexual".

Phobos (grego) é medo em geral. Fobia seria assim um medo irracional (instintivo) de algo. Porém, "fobia" neste termo é empregado, não só como medo geral (irracional ou não), mas também como aversão ou repulsa em geral, qualquer que seja o motivo.

Etimologicamente, o termo mais aceitável para a idéia expressa seria "Homofilofóbico", que é medo de quem gosta do igual.

Oposição ao termo

Alguns estudiosos da língua argumentam que o termo aponta de forma errónea para um motivo específico, fobia (medo irracional), tendo sido o seu sentido modificado para se referir a discriminação da homossexualidade, o que pode não ser o caso. No entanto numa situação similar a palavra xenofobia passou a ser utilizada coloquialmente para qualquer preconceito contra estrangeiros, extravasando assim o seu significado original.

Algumas pessoas preferem classificar o comportamento homofóbico apenas como o "repúdio da sociedade em relação a pessoas que se auto-excluem" ou "desajustamento social por busca do prazer individual" justificando assim a exclusão social das pessoas homossexuais pelo facto de serem diferentes da suposta norma. Outras não consideram homofobia o repúdio à relação homoerótica, alegando que a relaçãoheteroerótica também pode causar repulsa aos homossexuais, justificando a sua discriminação pela discriminação da outra "classe". Há ainda o repúdio por motivos religiosos aos actos homossexuais mas não necessariamente se manifestando de forma directa contra as pessoas homossexuais.[1] Entretanto, ativistas e defensores das causas LGBT em geral indicam que atitudes similares foram utilizadas no passado para justificar a xenofobia, o racismo e a escravidão.

Outras pessoas criticam o uso e abuso correntes do termo "homofobia", sugerindo que tal palavra poderia ser utilizada de maneira pejorativa e acusatória para designar qualquer discordância ou oposição à homossexualidade, ou, mais especificamente, a alguns pontos defendidos pelos movimentos LGBT. Muitos destes críticos fundamentam sua oposição em argumentos religiosos cristãos, considerando que a heterossexualidade seria unica forma de sexualidade abençoada por Deus.

Motivos para a homofobia

Alguns estudiosos e indivíduos comuns atribuem a origem da homofobia às mesmas motivações que fundamentam o racismo e qualquer outropreconceito. Nomeadamente, uma oposição instintiva a tudo o que não corresponde à maioria com que o indivíduo se identifica e a normas implícitas e estabelecidas por essa mesma maioria, nomeadamente a necessidade de reafirmação dos papéis tradicionais de género, considerando o indivíduo homossexual alguém que falha no desempenho do papel que lhe corresponde segundo o seu género.

Algumas pessoas consideram que a homofobia é efetivamente uma forma de xenofobia na sua definição mais estrita: medo a tudo o que seja considerado estranho. Esta generalização é criticada porque o medo irracional pelo diferente não é, aparentemente, a única causa para a oposição à homossexualidade, já que esta atitude pode também provir de ensinamentos (religião, formas de governo, etc.), preconceito,informação ou ideologia (como em comunidades machistas), por exemplo.

]
Perspectiva jurídica

Portugal

De acordo com o artigo 240 do novo Código Penal português, em vigor desde 15 de setembro de 2007[2], qualquer forma de discriminação com base em orientação sexual (seja ela sobre homossexuais, heterossexuais ou bissexuais) é crime. Da mesma forma são criminalizados grupos ou organizações que se dediquem a essa discriminação assim como as pessoas que incitem a mesma em documentos impressos ou na Internet. E esta lei aplica-se igualmente a outras formas de discriminação como religiosa ou racial. Além disso, o artigo 132, II, "f", do novo Código Penal, define como circunstância agravante o homicídio qualificado por motivo de ódio, inclusive no tocante à orientação sexual.[3].

Brasil

Protesto contra a homofobia emBrasília.

No Brasil, além da Constituição de 1988 proibir qualquer forma de discriminação de maneira genérica, várias leis estão sendo discutidas a fim de proibirem especificamente a discriminação aos homossexuais.

A Constituição Federal brasileira define como “objetivo fundamental da República” (art. 3º, IV) o de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outrasformas de discriminação[4]. A expressão "quaisquer outras formas" refere-se a todas as formas de discriminação não mencionadas explicitamente no artigo, tais como a orientação sexual, entre outras.

Cartaz da Parada do orgulho LGBT de São Paulo, edição 2008, que teve como tema a homofobia.

O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006[5], atualmente em tramitação noCongresso[6], propõe a criminalização dos preconceitos motivados pelaorientação sexual e pela identidade de gênero, equiparando-os aos demais preconceitos já objeto da Lei 7716/89[7]. Esse projeto foi iniciado na Câmara dos Deputados, de autoria da deputada Iara Bernardi e que ali tramitou com o número 5003/2001[8], que na redação já aprovada propunha, além da penalização criminal, também punições adicionais de natureza civil para o preconceito homofóbico, como a perda do cargo para o servidor público, a inabilitação para contratos junto à administração pública, a proibição de acesso a crédito de bancos oficiais, e a vedação de benefícios tributários[9].

Segundo pesquisa telefônica conduzida pelo DataSenado em 2008 com 1120 pessoas em diversas capitais, 70% dos entrevistados são a favor da criminalização da homofobia no Brasil. A aprovação é ampla em quase todos os segmentos, no corte por região, sexo e idade. Mesmo o corte por religião mostra uma aprovação de 54% entre os evangélicos, 70% entre os católicos e adeptos de outras religiões e 79% dos ateus.[10]

Cartaz da Defensoria Pública doEstado de São Paulo contra a homofobia.

No Estado de São Paulo, a lei estadual 10.948/2001 estabelece multas e outras penas para a discriminação contra homossexuais, bissexuais e transgêneros. São puníveis pessoas, organizações e empresas, privadas ou públicas (art. 3º). A lei proíbe, em razão da orientação sexual (art. 2º): violências, constrangimentos e intimidações, sejam morais, éticas, filosóficas ou psicológicas; a vedação de ingresso a locais públicos ou privados abertos ao público; selecionar o atendimento; impedir ou sobretaxar a hospedagem em hotéis ou motéis, assim como a compra, venda ou locação de imóveis; demitir do emprego ou inibir a admissão. A lei também pune quem "proibir a livre expressão e manifestação de afetividade", se estas forem permitidas aos demais cidadãos. As penalidades são as seguintes (art. 6º): advertência; multa de 1000 a 3000 Ufesp (unidade fiscal), ou até 10 vezes mais para grandes estabelecimentos; suspensão ou cassação da licença estadual de funcionamento; além de punições administrativas (art. 7º) para as discriminações praticadas por servidores públicos estaduais no exercício de suas funções[11][12].

Manifestações homofóbicas

Campanha homofóbica em Ohio,Estados Unidos.

O insulto homofóbico pode ir do bullying, difamação, injúrias verbais ou gestos e mímicas obscenos mais óbvios até formas mais subtis e disfarçadas, como a falta de cordialidade e a antipatia no convívio social, a insinuação, a ironia ou o sarcasmo, casos em que a vítima tem dificuldade em provar objetivamente que a sua honra ou dignidade foram violentadas.

Alegadamente, um tipo desses ataques insidiosos mais largamente praticado pelos homófobos (pode dizer-se que em nível mundial, mas com particular incidência nas sociedades mediterrânicas, tradicionalmente machistas)[13] e que funciona como uma espécie de insulto codificado e impune, é o de assobiar, entoar, cantarolar ou bater palmas (alto ou em surdina, dependendo do atrevimento do agressor) quando estão na presença do objecto do seu ataque, muitas vezes perante terceiros. Esta forma de apupar, humilhar, amesquinhar ou intimidar alguém parece ter raízes muito antigas. A Bíblia refere, a respeito do atribulado Job: "O vento leste (...) bate-lhe palmas desdenhosamente e, assobiando, enxota-o do seu lugar" (Job, 27:23). Na Índiarural, "os hermafroditas ou pessoas sexualmente indefinidas anunciam a sua chegada batendo palmas".[14]

Manifestações homofóbicas no Brasil

Segundo o professor Luiz Mott, do departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia, a homofobia é uma "epidemia nacional". Ele assevera que o Brasil esconde uma desconcertante realidade: "é o campeão mundial em assassinatos de homossexuais, sendo que a cada três dias um homossexual é barbaramente assassinado, vítima da homofobia".

Porém tal afirmação não implica necessariamente que as pessoas homossexuais sejam, efectivamente, um alvo preferencial quando comparados com outras orientações sexuais no Brasil. Os dados indicam que de 1980 a 2007, foram assassinadas 2.647 pessoas identificadas como homossexuais,[15] enquanto o total de assassinatos no país foi de 800.000 pessoas de 1980 a 2005.[16] Segundo estes dados temos uma média de 32000 assassinatos por ano para a população em geral, e de apenas 100 assassinatos por ano para pessoas homossexuais o que é muito abaixo das percentagens de pessoas homossexuais normalmente apresentadas relativamente à população em geral que variam entre 1% e 14%. Assassinatos contra homossexuais podem, ainda, ser perpetrados pelos própris integrantes desta categoria social.[17] Deve-se ter em conta, contudo, que nem todos os crimes motivados por homofobia são visibilizado, pois em alguns casos a orientação sexual da vítima é mantida em sigilo. Assassinatos motivados por discriminação contra esse segmento da sociedade são especialmente graves por conterem a variável da discriminação internalizada, sendo assim, crimes de caráter hediondo, assim como qualquer outro crime proveniente de conduta discriminatória. É preciso também ter em mente que nem todas as manifestações homofóbicas resultam em violência letal, podendo ocorrer agressão física, agressão verbal ou atitudes silenciosas de discriminação motivados pela orientação sexual.

O mais recente caso homofóbico registrado no Brasil foi o da psicóloga Rozângela Alves Justino, que atende no Rio de Janeiro, punida peloConselho Federal de Psicologia por tentar "curar" pessoas homossexuais que procuravam seu consultório, em clara discordância àOrganização Mundial da Saúde que não considera a homossexualidade uma doença há anos.[18]

Segundo Mott, no seu livro Causa Mortis: Homofobia, a homofobia é danosa mesmo quando não explicitamente manifestada, uma vez que as pessoas podem inrustir seu preconceito sem exteriorizar os motivos como acontece com o racismo. Numa eventual lei contra a homofobia, Mott explica que ela não seria coibida totalmente, criando uma tensão nos relacionamentos cotidianos, gerando discriminação sutil como acontece com os negros no Brasil. A proposta de lei, ainda segundo Mott, mesmo que aprovada teria o grande desafio de superar os valores da sociedade tradicional, e somente a conscientização na sociedade é capaz de transformar a realidade do homossexual no país.

Grupos considerados homofóbicos

Demonstração da Westboro Baptist Church com Ben Phelps, neto de Fred Phelps.

Há diversos grupos, políticos ou culturais que se opõem à homossexualidade. Geralmente quanto mais um grupo político se encontra à direita no espectro político maior a dose de preconceito contra pessoas homoafetivas. Dependendo da forma como aplicam a sua oposição (que varia do "não considerar um comportamento recomendável" até à "pena de morte"[19]) pode ser considerados "fundamentalistas" ou não. As manifestações desta oposição podem ter consequências directas para pessoas não homossexuais[20].

Em muitos casos esta oposição tem reflexos legais, novamente variando entre leis que diferenciam entre casais do mesmo sexo e casais do sexo oposto, até países em que se aplica a pena de morte a homens que tenham sexo com homens.

No entanto, há alguns grupos dentro das ideologias e religiões apresentadas que apoiam ativamente os direitos das pessoas GLBT. Da mesma forma existem indivíduos homossexuais, associações e grupos LGBT que podem, mesmo assim, manifestar-se de forma considerada homofóbica em determinados contextos.

"Rebelião" em 1969 nos EUA marca início do movimento LGBT

Rebelião no bar Stonewall, nos EUA, em em 28 de junho de 1969, marca o início do movimento LGBT Foto: Divulgação

Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) celebram o Dia do Orgulho LGBT em 28 de junho. A data marca a Rebelião de Stonewall, em Nova York (EUA), em 1969. Stonewall é um bar frequentado por esse público e que, na época, sofria repetidas batidas policiais sem justificativa. O grupo iniciou um tumulto generalizado que durou três dias. Após esse episódio, o dia 28 de junho passou a representar o início do movimento moderno LGBT, que busca liberdade de expressão e igualdade de direitos.

Desde então, todo ano a data é celebrada por meio de paradas e outros eventos culturais, numa expressão de orgulho de assumir publicamente a orientação sexual e identidade de gênero LGBT.

No Brasil, as paradas do Orgulho LGBT começaram a se tornar um importante momento de expressão e visibilidade a partir de 1995. Inicialmente, elas eram realizadas em grandes capitais, mas, em 2008, o País teve 178 paradas, inclusive em cidades interioranas, de acordo com a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ALGBT). No mesmo ano, a parada em São Paulo reuniu 3,4 milhões de pessoas na avenida Paulista e na rua da Consolação.

Na capital paulista, a data da parada geralmente coincide com o feriado prolongado de Corpus Christi, que neste ano será celebrado no dia 3 de junho, uma quinta-feira. Com isso, a 14ª Parada do Orgulho LGBT ocorrerá no dia 6 de junho, a partir das 12h. A abertura será em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) e o encerramento na Praça Roosevelt, às 19h30.

Antigamente chamada GLBT, a sigla passou a ser LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais) em 2008. A decisão tomada durante 1ª Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais.