quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

AZUL É A COR MAIS QUENTE



ESSA POSTAGEM É PARA A MINHA NAMORADA KELY QUE AMOU ESSE FILME.



Adèle (Adèle Exarchopoulos) é uma garota de 15 anos que descobre, na cor azul dos cabelos de Emma (Léa Seydoux), sua primeira paixão por outra mulher. Sem poder revelar a ninguém seus desejos, ela se entrega por completo a este amor secreto, enquanto trava uma guerra com sua família e com a moral vigente. (Adoro Cinema) 





Azul é a Cor Mais Quente fez história no Festival de Cannes: pela primeira vez, a Palma de Ouro – prêmio máximo concebido pelo evento -, foi oficialmente destinada a outras pessoas além do diretor. No caso, o júri presidido por Steven Spielberg entregou a distinção também às atrizes Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux. Uma exceção justa e coerente para este filme cujos maiores méritos se concentram exatamente nessas três figuras que compreenderam plenamente a preciosidade de uma história extremamente fiel à vida, com suas dores e alegrias. Ao longo de três horas, o diretor Abdellatif Kechiche faz justamente isso: conduz as duas atrizes por momentos totalmente de acordo com a realidade, extraindo ainda momentos singulares de cada uma delas. 


O título original, A Vida de Adèle (em uma tradução literal), apesar de genérico, diz muito mais sobre o filme. Isso porque Azul é a Cor Mais Quente acompanha diversos momentos da vida de Adèle (Exarchopoulos), da sua juventude heterossexual no colégio a sua vivência como uma professora adulta que cultiva um relacionamento com uma mulher. No meio disso tudo, as pequenas e grandes descobertas, o primeiro amor, a auto-aceitação, a construção de uma vida a dois, os erros e os acertos… É, literalmente, a vida de Adèle, contada inteiramente a partir do ponto de vista da protagonista. Desta forma, a ambiciosa duração – que é sentida mas nunca um empecilho – se revela completamente condizente com a proposta do diretor: ela é essencial para que cada momento tenha a profundidade e o impacto necessários, como se vivêssemos tudo aquilo pela primeira vez junto com Adèle. 


Ou seja, Azul é a Cor Mais Quente não se utiliza de quase três horas de duração somente para narrar o maior número de fatos possíveis, mas sim para dar a devida emoção e verossimilhança a eles. Isso nos leva às tais “polêmicas” cenas de sexo, que só são chamadas assim por aqueles que não compreendem que toda a nudez e a longa duração de cada uma delas vai ao encontro dessa proposta do diretor de fazer com que o espectador acompanhe tudo com a mesma dose de surpresa e novidade que a protagonista. E esse compromisso com a vida real também se reflete, claro, no trabalho das duas atrizes, em especial no da extraordinária Adèle Exarchopoulos, a grande revelação do ano. No cinema desde 2007, quando debutou em Boxes, ao lado de Geraldine Chaplin, Adèle alcança aqui uma merecida visibilidade. É limitado resumir sua atuação à grande entrega física com Léa Seydoux, já que sua precisa interpretação acompanha todas as fases da personagem sem qualquer hesitação. É, enfim, um nome para acompanhar. 


A sensação que se tem ao final de Azul é a Cor Mais Quente é que passamos por um turbilhão de acontecimentos, mas a verdade é que a intensidade que sentimos é muito mais em função da imersão proporcionada pelo roteiro de Abdellatif Kechiche e Ghalia Lacroix, baseado na HQ Le Bleu est Une Couleur Chaude. Por estarmos tão próximos de Adèle, sentimos cada uma de suas dúvidas e angústias. O que também merece ser ressaltado é que o longa está muito longe de qualquer pretensão. Em Azul é a Cor Mais Quente não existe uma insistência em metáforas ou uma vontade de trazer grandes complexidades a cada uma das situações propostas por Kechiche. E isso é muito positivo, pois, desta forma, o filme se torna muito mais natural e sem constantes rimas visuais ou de roteiro – ao contrário do que o título brasileiro implica no nosso inconsciente: a vontade de procurar azul em todas as cenas e dar significados a isso. 


Favorito para ganhar todos os prêmios de filme estrangeiro da temporada (menos o Oscar, já que não foi lançado nas salas francesas no prazo exigido pela Academia para torná-lo elegível na categoria de melhor filme estrangeiro), Azul é a Cor Mais Quente se revela ainda mais sincero até mesmo nas suas curiosidades extra-filme: no set, por exemplo, Adèle e Léa não tinham maquiadoras ou cabeleireiras, apresentando-se frente às câmeras com aquilo que elas realmente são fisicamente. São esses detalhes valiosos que estabelecem o longa de Kechiche como um dos relatos mais coerentes com a vida que vimos nos últimos anos. É provável que se estenda desnecessariamente no final (a história poderia ter acabado perfeitamente na cena da cafeteria, sem a sequência da exposição), mas é pouco perto de um filme que lida muito bem com a questão da homossexualidade e das angústias e expectativas humanas. Crescer acontece mais rápido do que a gente imagina, diz Emma (Seydoux) em certo ponto. Adèle aprenderá isso. E nós, se ainda não chegamos a esse estágio, teremos esse mesmo aprendizado com a sua jornada.

Tenho uma namorada, sou gay há alguns anos”, diz ginasta Lais Souza

Um acidente de ski a deixou tetraplégica em janeiro de 2014, mas Lais segue derrubando barreiras. Falando sinceramente de sua sexualidade em entrevista, ela entra para uma lista, ainda curta, de personalidades brasileiras assumidas


Em entrevista recente à jornalista Milly Lacombe para a revista “TPM”, a ginasta Lais Souza, que ficou tetraplégica depois de um acidente de ski em janeiro de 2014, disse: “Eu tenho uma namorada, sou gay há alguns anos. Já tive uns namorados, mas hoje estou gay.”
Lais engrossa uma lista que vai ficando cada vez mais longa, a das celebridades assumidas, que ganhou vários adeptos nos últimos tempos. No Brasil, essa lista cresce numa velocidade bem menor do que, por exemplo, nos Estados Unidos, onde tem gays no exército, na política, gays na música, a apresentadora mais popular da TV é lésbica, atores gays se casam em cerimônias românticas e são fotografados com marido e filhos, atletas gays estão em posição de destaque em esportes coletivos e individuais.

Lais Souza está se recuperando de acidente de ski sofrido em janeiro do ano passado

Lais Souza está se recuperando de acidente de ski sofrido em janeiro do ano passado

Isso tudo é muito novo, e mostra que mudanças estão em pleno curso. O iGay publicou levantamento divulgado pela revista americana “Advocate” que mostra personalidades gays americanas que morreram no armário. Na lista estão os atores Rock Hudson (morto em 1985), Anthony Perkins (1992), o pianista Liberace (1987) e o ex-prefeito de Nova York Ed Koch (2013). Por um motivo ou por outros, eles nunca se assumiram.
O caso mais notável é o de Liberace. Ele era o rei das plumas e paetês, nada poderia ser mais gay do que o seu piano coberto de espelhos, seus ternos bordados de dourado, sua maquiagem, seus casacos de pele que se abriam como um leque – e , claro, seu namorado. Mas fez de tudo para permanecer no armário, tendo inclusive processado veículos da imprensa que afirmaram que ele era gay. Morreu em decorrência da Aids em 1987.
Milly Lacombe, lésbica assumida, que vive atualmente em Nova York, pensou numa situação fictícia. “Vamos supor que, num belo dia, hipoteticamente falando, uma nuvem de moralidade e sinceridade baixasse sobre todos os seres humanos do planeta e, nesse histórico dia, todos os gays saíssem do armário: celebridades, políticos, jogadores de futebol, artistas. Dado o número de gente que ia dizer ‘eu sou gay’, é de se supor que no dia seguinte o preconceito tivesse morrido ou sido reduzido a uma coisa bem pequena porque todos teriam um irmão, um grande amigo, um ídolo que teria se assumido gay”, devaneia ela. “Não se assumir é, em alguma escala, sentir vergonha de si mesmo, e esse recado é o pior de todos.”
No Brasil, no que se refere a gays assumidos, temos vários exércitos de um homem só. O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), colunista do iGay, é o único político assumidamente gay eleito no Brasil. O escritor e diplomata Alexandre Vidal Porto, que já serviu cinco embaixadas brasileiras pelo mundo, é um dos raros membro do Itamaraty que vivem sua homossexualidade à luz do dia, e o único que toma uma posição pública de defesa dos direitos dos homossexuais.
“Há outros diplomatas tão gays quanto eu, ou mais, mas eu resolvi tomar uma atitude mais política em relação à minha homossexualidade. Acho importante que existam modelos para que as pessoas que vêm depois da gente entendam que a homossexualidade faz parte da natureza humana e que não tem nada de limitante e redutor em assumir”, disse ele. “Assumi publicamente para que as pessoas mais jovens da carreira diplomática entendam que você pode ser um diplomata competente, responsável, respeitado e homossexual.”
ONDE ESTÃO OS ARTISTAS GAYS BRASILEIROS?
No campo das artes, onde as pessoas são teoricamente mais abertas, os casos de homossexuais dispostos a tomar posição ainda são poucos. Muitas das cantoras brasileiras são lésbicas, mas a absoluta maioria prefere não falar do assunto. Com exceção de Adriana Calcanhotto, que era casada com a cineasta Susana de Moraes (1940-2015), de Cássia Eller (1962-2001), que nunca escondeu nenhum aspecto da sua vida de ninguém, de Leci Brandão, que foi a primeira a se assumir, de Daniela Mercury, que orquestrou a apresentação de sua mulher ao público com fotos e declarações de amor nas redes sociais, e de Ângela Ro Ro, muitas outras seguem na sombra.
"A ÚNICA CANTORA LÉSBICA"
Ângela Ro Ro, em cena dos anos 80/90 que foi incluída no filme-documentário “Cássia Eller”, brincava em seus shows: “Vocês já sabem: eu sou a única cantora lésbica da MPB”. Até Ana Carolina, musa das lésbicas românticas, foi discreta ao declarar em entrevista para a “Veja” em 2005: “Sou bi, e daí?”. A cantora Preta Gil, que já afirmou ser bissexual, brincou com a afirmação da amiga: “Se a Ana Carolina for bi, eu sou penta!”
Milly Lacombe sabe, por percepção e experiência, que se “a gente trata com naturalidade, o mundo tende a ver com naturalidade”. “Não quero sugerir que a pessoa chame uma coletiva para dizer ‘eu sou gay’, mas tratar com naturalidade, ser quem é também em ambiente público e não se esconder já ajudaria muito”, diz ela. “Mesmo quem tem um pouco de coragem para se assumir, na hora H diz: eu sou bi, o que talvez seja um caminho, e é certamente melhor do que nada, mas a verdade é que muitas dessas pessoas são apenas gay, tipo um 6 (o número máximo) na escala Kinsey, e não exatamente bi…

domingo, 1 de fevereiro de 2015

PAOLLA OLIVEIRA VIVE A PROSTITUTA LÉSBICA

DENISE EM 'FELIZES PARA SEMPRE', SÉRIE DA TV GLOBO







Paolla Oliveira, dará vida a Dani Bond, uma acompanhante de luxo que vive um romance lésbico. A atriz surgirá de cabelos curtos na produção. Caberá a Martha Nowill, com carreira conhecida no teatro, interpretar a namorada de Paolla na ficção.
O quinto episódio de Felizes para Sempre? promete! Denise (Paolla Oliveira) revela para uma amiga que está cada vez mais envolvida com Marília (Maria Fernanda Cândido). “Essa tal Marília mexeu comigo mesmo”, confessa.